Como usar os serviços de entrega de maneira consciente em tempos de pandemia

A pandemia provocada pelo novo coronavírus está alterando drasticamente a circulação de pessoas. Grandes feiras do setor, por exemplo, foram canceladas ou adiadas. Aqueles que podem estão recorrendo ao trabalho remoto para evitar a contaminação pelo Covid-19. E nesse cenário de incertezas muitos recorrem a apps de delivery para receber refeições e compras necessárias para encarar a quarentena.

Falamos bastante desses serviços aqui no StartAgro, e eles realmente oferecem uma alternativa para quem não quer sair de casa. Mas é preciso usá-los de maneira consciente, já que os trabalhadores do setor estão entre os mais vulneráveis neste momento.

A Rappi criou um formato de entrega sem contato físico, que pode ser habilitada pelo cliente no aplicativo. Nesse modo, os entregadores colocarão os pedidos na porta. Além disso, a empresa tem oferecido kits com álcool em gel 70%, máscaras e desinfetantes para os trabalhadores. Os funcionários que trabalham nos escritórios foram realocados para cuidar de suas funções remotamente.

Leia mais:
– Plant Project: Como o novo coronavírus está afetando os eventos do agro no Brasil
– A estratégia da Rappi para expandir o modelo de cozinhas compartilhadas no Brasil
– iFood adquire startup de inteligência artificial Hekima

Outros aplicativos mundo afora adotaram medidas semelhantes. Desde o começo do mês, as americanas Postmates e Instacart oferecem a opção de entrega sem contato físico. Serviços chineses, bem como a espanhola Glovo e a britânica Deliveroo, também permitem que o usuário escolha essa modalidade.

A adoção desses novos procedimentos acompanha o aumento de pedidos feitos pelos apps. A Rappi divulgou que os pedidos feitos na vertical de farmácias aumentaram 10% no último mês. Registrou também um aumento significativo em todos os pedidos, mas não ofereceu dados exatos.

Além disso, as empresas estão criando fundos de ajuda aos trabalhadores que foram contaminados. O iFood divulgou na segunda-feira (16) que destinou R$ 1 milhão ao fundo, gerido pela ONG Ação da Cidadania. Se mostrar via atestado ou telemedicina que está com os sintomas, o trabalhador receberá alimentos ou uma quantia, durante 14 dias, para ajudá-lo a sustentar a família. A Rappi e o Uber Eats também disseram que vão fornecer ajuda para os trabalhadores, mas não especificaram o valor dos fundos criados. O isolamento dos entregadores infectados também será compulsório, já que suas contas ficarão suspensas.

Com a adoção de medidas de restrição de circulação, muitos restaurantes estão fechando suas portas e oferecendo refeições apenas via delivery ou por retirada. É uma alternativa para enfrentar o período de incerteza.