Lançamento global da iniciativa Covantis acontecerá no Brasil

Já comentamos aqui no StartAgro sobre a Covantis, uma iniciativa das tradings agrícolas ADM, Bunge, Cargill, COFCO International, Louis Dreyfus Company e Glencore Agriculture que usará tecnologias como blockchain, inteligência artificial e outras soluções para modernizar operações. Agora, as empresas decidiram que as operações devem começar no Brasil ainda neste ano e serão aplicadas nas transações envolvendo grãos e oleaginosas, de acordo com o AgFunderNews.

“Se tentássemos fazer tudo, não teríamos nada por mais cinco ou seis anos”, afirma a CEO da Covantis, Petya Sechanova, ao AgFunder. “Decidimos concentrar os esforços iniciais no mercado exportador brasileiro, já que ele é um dos maiores do mundo junto com os Estados Unidos. Engajamos todos os participantes que estão exportando commodities agrícolas do Brasil para, juntos, definirmos as funcionalidades que agregarão valor à indústria. Temos um roadmap do que queremos atingir em seguida”, completa ela.

Leia mais:
– Tradings lançam a iniciativa Covantis com foco na modernização das operações
– Em parceria com a startup Arabyka, Syngenta usa blockchain para rastrear café

O objetivo da Covantis é levar o comércio global de grãos para a era digital. Até hoje, todas as transações são feitas de maneira bastante antiquada, e envolvem até 20 ou 30 parceiros ao longo da cadeia. A proposta não é conectar compradores e vendedores, mas modernizar o processo após a conclusão do negócio, usando o blockchain para minimizar os riscos operacionais dos traders e aumentar a eficiência para todos os elos da cadeia de venda e transporte de commodities. 

“O que estamos efetivamente fazendo é mudar a maneira como as pessoas estão acostumadas a operar, às vezes por muitos e muitos anos. Então, são várias mudanças em aspectos de gerenciamento. É preciso trabalhar com os usuários para deixá-los confortáveis com a nova maneira de fazer as coisas e convencê-los de que é mais eficiente fazer dessa maneira do que como eles estão acostumados”, completa Sechanova.