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Adroit Robotics oferece solução inovadora de inteligência artificial para citricultura

A citricultura brasileira é, de certa forma, carente de soluções tecnológicas desenvolvidas por startups. O que é compreensível, já que a área plantada é muito inferior à ocupada por plantações de soja, por exemplo. Mas o Brasil é líder mundial em citricultura, com o estado de São Paulo à frente. Foi pensando nessa falta de opções que surgiu a agtech Adroit Robotics, que vem trabalhando sem muito alarde há alguns anos, mas conta com investidores importantes no setor, como o produtor Jorge Maeda, e agora quer entrar com força nesse mercado promissor.

A solução que a Adroit oferece consiste em um sensor capaz de fazer imagens laterais das árvores que é acoplado ao maquinário que passa regularmente pelos pomares. Essas imagens são então carregadas em um supercomputador, que faz a análise e devolve as informações para o produtor, que passa a ter acesso à curva de maturação, taxa de queda, cubicagem, densidade foliar, a altura das árvores e árvore ausentes nos pomares.Tudo com informações atualizadas mensalmente, à medida que o maquinário cobre toda a propriedade. De acordo com o economista Fábio Terracini, um dos sócios da Adroit, a precisão é de 93%

O trabalho da agtech oferece vantagens em relação a soluções tradicionais, feitas por imagens aéreas. “Temos uma tecnologia que não encontramos ninguém fazendo parecido”, afirma Terracini. “Em agricultura perene, o monitoramento por imagem aérea tem várias dificuldades. Do alto, não dá para ver as frutas individualmente. E é muito difícil voar com drones no meio dos pomares”. Com as imagens captadas pelo sensor e analisadas pela tecnologia LeafSense da empresa, o agrônomo consegue detectar problemas com maior rapidez. Pode dar um zoom em cada árvore e identificar o que é preciso fazer. Quando vai a campo, já tem um plano a seguir. De posse de todas essas informações, o produtor é capaz de tomar decisões de maneira mais assertiva, produzindo mais e melhor. “Esse dado da altura, por exemplo, é importante porque mostra quantos litros de insumos estão sendo usados, e que é possível fazer uma economia de até 20% nesses gastos”, afirma Terracini.

O produtor interessado recebe os sensores em comodato e assina pacotes de acesso ao dashboard da Adroit em planos mensais, trimestrais ou anuais. O valor é determinado de acordo com o tamanho da propriedade. O período mínimo para a assinatura é de 12 meses. Neste primeiro momento, a Adroit está focando sua atuação em fazendas situadas no Estado de São Paulo.

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A empresa já estuda duas novas funcionalidades, que devem estar disponíveis nos próximos 12 meses. A primeira é a estimativa de safra. “Estamos trabalhando na regressão matemática para fazer essa estimativa, que é considerada um tabu, já que é difícil determinar o que vai vir de peso a partir da imagem”, diz Terracini. A segunda é a detecção de pragas. “Estamos educando o sistema e introduzindo as informações no banco de dados”, diz o economista. Atualmente, é possível identificar pragas a partir das imagens, mas com a nova funcionalidade esse processo será automática.

E esses são apenas alguns dos objetivos da empresa para o futuro, que já está de olho nos mercados da Europa, Estados Unidos e Egito. “Fizemos uma captação menor, para alavancar as vendas, mas no segundo semestre do ano que vem esperamos captar um valor maior para pensarmos na internacionalização. Até lá, esperamos estar com uma área potencial interessante”, afirma Terracini. A solução também está sendo adaptada para ser usada em lavouras de café.