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Argentina quer se tornar referência em inovação no campo

Em um movimento importante para mapear todas as soluções desenvolvidas por startups do agro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina lançou uma convocatória para as agtechs do país. O objetivo, de acordo com a comunicação oficial, é tornar o país uma referência mundial em inovação para o campo. 

As startups interessadas em participar do mapeamento devem se inscrever em um site criado para a finalidade, indicando as áreas que atuam, o tipo de solução e o estágio da empresa. A partir dos dados coletados, o Ministério espera estabelecer diálogos entre os produtores e os empreendedores, definir políticas públicas de fomento à inovação, criar espaços de difusão da tecnologia e organizar eventos para o setor.

A pesquisa está dividida em cinco grandes categorias: sistemas de gestão (que incluem gestão da propriedade, e-commerce, rastreabilidade, marketing e certificações), internet das coisas (sensores, hardware integrado, tecnologia embarcada e sistemas de irrigação), tecnologia aplicada (genética, proteção de cultivos, hidroponia), eficiência energética (incluindo fontes renováveis) e robótica.

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O potencial da Argentina é enorme. Além de ser dos principais produtores agrícolas do mundo e referência em pecuária e em diversas culturas, como citrus, trigo e soja, é também um grande produtor de vinhos, azeites e lã. Já tem algumas agtechs bastante conhecidas no mundo. Uma delas é a Agrofy, de agricultura de precisão, que recebeu um aporte de US$ 23 milhões, o maior para uma empresa do tipo na América Latina. Outra, bastante famosa, é a BioCeres, que oferece soluções em sementes, tratamentos e adjuntos. 

Também está no radar de expansão de diversas startups brasileiras e estrangeiras. A Granular, depois de lançar oficialmente as operações no Brasil, espera atuar na Argentina nos próximos anos. A brasileira Agrotools, que recentemente recebeu um aporte da KPTL, exporta tecnologia para os argentinos. Até a iniciativa ConectarAgro, que reúne oito empresas do agro e do setor das telecomunicações, pensa em internacionalização e a Argentina será um dos primeiros mercados a receber o programa.