Festival Path: Por que assistir aos paineis de agricultura e tecnologia num evento de economia criativa? Confira a programação
Paineis agro do Festival Path, com curadoria de Clayton Melo, da StartAgro, vão discutir Inteligência Artificial , Internet das Coisas, startups, orgânicos e muito mais. Clique e programe-se!
Por Clayton Melo
Líder e Curador da StartAgro
clayton@startagro.agr.br
Paineis sobre agricultura no Festival Path, evento que tem uma pegada forte de economia criativa? O que as lavouras têm a ver com um festival de inovação e criatividade? Tudo a ver. Pode soar estranho à primeira vista, mas não é e você saber por que neste post. Minha intenção aqui é mostrar por que vale assistir aos quatro paineis de tecnologia e agricultura nesse festival, que será realizado neste final de semana (dias 6 e 7 de maio), em Pinheiros, São Paulo, e qual o impacto disso no seu prato de comida, ou seja, na sua vida.
Se quiser ir direto para a programação, pule essa introdução e vá mais para o final do post. Se quiser entender melhor o contexto, então venha comigo.
Conexão campo e cidade
Uma das missões da StartAgro é conectar esses dois universos, o da economia criativa e o do AgTech (tecnologia para a agricultura). Isso porque o agronegócio vive uma efervescência tecnológica, com um avanço bem-vindo e necessário do empreendedorismo. A força criativa do jovem é um motor para a agricultura do futuro.
Como líder da plataforma StartAgro e um dos curadores do Festival Path – responsável pela vertical agro do evento -, tenho a oportunidade de perceber claramente as conexões entre esses dois mundos. Isso facilitou a preparação dos paineis AgTech do evento, numa parceria entre o Path e a StartAgro, que está mergulhada no universo AgTech.
Oportunidades no agronegócio
Os profissionais da economia criativa podem participar de diversas maneiras da revolução digital na agricultura. Existem muitas oportunidades de carreiras e negócios relacionadas ao universo de tecnologia para o campo, pois a tendência é que aumente a procura no mercado AgTech por profissionais e serviços de diversas áreas, como tecnologia, marketing digital, administração, comunicação e design, apenas para citar alguns exemplos.
Há poucos dias a StartAgro organizou um evento na Agrishow, a maior feira do agronegócio do Brasil, que abordou justamente o impacto da revolução tecnológica no campo. Estamos no início de uma fase que será caracterizada pelo uso intensivo de Inteligência Artificial, Internet das Coisas e algoritmos no campo. E a energia inovadora desse processo são as startups AgTech, que estão proliferando Brasil afora.
Já pensou que tudo isso tem a ver com o seu prato de comida?
E tudo esse movimento, em última instância, está relacionado a uma coisa: o nosso prato de comida.
As pessoas a cada dia se preocupam mais com a qualidade e a procedência da alimentação. E isso, claro, já revela a importância de acompanhar o desenvolvimento da agricultura. Além disso, o mundo tem um desafio enorme a vencer nas próximas décadas. Segundo dados da Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o planeta terá nove bilhões de pessoas em 2050, o que significa que a produção de alimentos terá de aumentar consideravelmente até lá. Como fazer isso de modo sustentável, sem agressão à natureza e com qualidade?
A tecnologia é o caminho para aumentar a produtividade e a eficiência da produção de alimentos – e com sustentabilidade. É o instrumento para produzir mais utilizando o mesmo espaço de terra ou até em menos.
Startups em evidência
Isso nos leva a um terceiro fator, que deve interessar particularmente aos jovens urbanos que empreendem ou pretendem empreender: como comentei um pouco antes, o Brasil vive atualmente o começo de um boom de startups de tecnologia aplicada à agricultura. São jovens de diversos cantos do País, muitos deles recém-saídos da universidade, que estão usando a tecnologia para resolver problemas do campo.
Assim, temos diversas soluções inovadoras no mercado, como uso de Inteligência Artificial, Internet das Coisas, drones, aplicativos para monitoramento da lavoura e do gado, previsão climática, softwares de gestão, tecnologia embarcada para máquinas agrícolas e rastreamento de fazendas por nanosatélites. Não só. Há apps de troca de alimentos, “Aibnb da comida” e comércio eletrônico de produtos orgânicos, entre tantos outros exemplos.
Essa visão geral já indica o quanto de tecnologia embarcada tem, por exemplo, num grão de feijão que você compra no supermercado.
Quer saber mais e se programar para assistir aos debates AgTech no Path? Então confira abaixo a descrição do conteúdo, data, horário e local.
Confira os 4 paineis de agro e tecnologia e programe-se
Foi pensando nisso que preparamos quatro paineis de agricultura e tecnologia para o Festival Path. Os debatedores são protagonistas dessa revolução. São cientistas e especialistas de grandes empresas de tecnologia (IBM e SAP), empreendedores digitais de produtos orgânicos (Casa Orgânica, Site dos Orgânicos e Orgânicos 35), biotecnologia (Bug e Promip) e aceleradora e apoio a startups (BASF/Agrosmart e AgTech Garage), entre outras. E até um especialista em inovação da Netflix.
Para facilitar a vida de quem estará no Path, separei aqui a relação dos paineis, data, horário e local e o nome dos debatedores. Se quiser saber, mais, dá uma espiada no site do festival. Clique em “palestras” e depois na categoria “Agronegócios”.
Confira:
- Agricultura orgânica em larga escala: um caminho possível?
Quando: 6/5 (sábado)
Horário: das 13h às 14h
Onde: Sala O Panda Criativo, no Instituto Tomie Ohtake
A produção de alimentos orgânicos está crescendo, assim como o consumo, mas ainda sofre com a baixa produtividade, o que mantém os preços mais elevados do que o produto convencional. Quais são as barreiras para a agricultura orgânica ganhar escala nas cidades e chegar a mais pessoas? Quais são as tecnologias disponíveis para aumentar a produtividade? O que os empreendedores já estão conseguindo para tornar o alimento orgânico uma realidade na vida das famílias?
- Denize Bacoccina: jornalista
- Talita Campoi Marinho: Sócia da Urban Farmers
- Alessandro Duarte: S ócio da Casa Orgânica
- Rafi Boudjikian: Sócio do Site dos Orgânicos e da Orgânicos 35
- Eduardo Zanoni: Produtor de orgânicos, membro do conselho do Sítio Escola Portão Grande e da Fundador e diretor da UNA Orgânicos
- Capital semente, anjos e fundos investimento: o que buscam os investidores que podem apoiar a sua startup AgTech?
Quando: 6/5 (sábado)
Horário: das 15h30 às 16h30
Onde: Centro Cultural Rio Verde – Sala 1 (Rua Belmiro Braga, 119, Vila Madalena)
O Brasil vive um período de efervescência na área de startups de tecnologia e inovação para o agronegócio, setor conhecido como AgTech. Nos últimos anos, cada vez mais empreendedores criam empresas para solucionar problemas no campo. Assim, investidores de diferentes tamanhos começam a olhar para o agronegócio e criam aceleradoras ou fundos destinados a apoiar jovens empreendedores do agronegócio. Qual o perfil dos negócios almejados por eles? Como atrair investimentos para a sua empresa?
- Clayton Melo: Líder da StartAgro, hub de tecnologia para a agricultura
- Almir Araújo Silva: Gerente de marketing digital para a América Latina da Basf
- José Augusto Tomé: Sócio da AgTech Garage
- Raphael Pizzi: Sócio da Agrosmart
- Como os insetos estão revolucionando o campo e tornando a agricultura mais limpa
Quando: 6/5 (sábado)
Horário: das 16h45 às 17h45
Onde: Centro Cultural Rio Verde – Sala 2 (Centro Cultural Rio Verde – Sala 2 (Rua Belmiro Braga, 119, Vila Madalena)
O uso de insetos em substituição a agrotóxicos tem crescido no País e representa uma alternativa sustentável para o controle de pragas nas plantações. O Brasil ocupa papel destaque nesse tipo de inovação, com startups criadas por pesquisadores ligados a universidades como Esalq, de ciências agrárias. É o caso da Promip e da Bug Agentes Biológicos – esta última, eleita pela revista americana Fast Company a empresa mais inovadora do Brasil em 2012, colocou suas mosquinhas em uma nova missão: comer lixo e servir de insumo para ração de cães e gatos.
- Bettina Barros, jornalista do Valor Econômico
- Marcelo Poletti, sócio da Promip
- Alexandre De Sene Pinto, sócio da Bug Agentes Biológicos
- Mateus Mondin, professor da Esalq e presidente do conselho da incubadora EsaqlTec
- A era dos robôs fazendeiros chegou: Como a Inteligência Artificial, a Internet das Coisas e o Big Data vão ajudar a produzir alimentos em larga escala
Quando: 7/5 (sábado)
Horário: das 15h30 às 16h30
Onde: Centro Cultural Rio Verde – Sala 2 (Centro Cultural Rio Verde – Sala 1 (Rua Belmiro Braga, 119, Vila Madalena)
Há uma revolução tecnológica em curso no agronegócio, dentro e fora do Brasil. A cada dia as fazendas se tornam mais automatizadas e digitais, com plantações conectadas, desde a semeadura até a colheita, e sistemas integrados baseados em satélites, sensores, Big Data, algoritmos, drones e robótica. Como os robôs fazendeiros podem ajudar a vencer um dos maiores desafios contemporâneos, o de garantir a alimentação da superpopulação mundial?
- Ulisses Melo: Diretor do Laboratório de Pesquisas da IBM Brasil
- Luiz Fernando Sá: Diretor da StartAgro
- Thiago Bohn: Gerente de desenvolvimento da SAP
- Omarson Costa: Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Netflix para a América Latina e especialista em inovação
E aí? Vamos nessa?
Até lá!