Startup Intergado, de pecuária de precisão, aposta em baixo custo e serviço amigável para o produtor
A Intergado trabalha com soluções para a pecuária utilizando hardwares e softwares para otimizar serviços alimentares e de engorda. A StartAgro conversou sobre isso com o diretor-executivo Marcelo Ribas. Saiba mais sobre essa startup, cuja sede fica em Betim ( MG).
Nome:
Intergado.
O que faz:
Desenvolvimento de soluções de pecuária de precisão (hardware e software) para o mercado de Bovinocultura.
Que problema resolve:
1 – Qualidade de dados em propriedades rurais.
2 – Lentidão no uso de dados coletados no meio rural.
3 – Informações para tomada de decisão.
Qual o diferencial:
Baixo custo dos equipamentos.
Modelo de negócio acessível ao produtor rural.
Facilidade de uso.
Modelo de negócio:
A startup atua com três frentes de geração de receitas:
Eficiência Alimentar:
1) Venda de equipamento.
2) Locação de equipamento.
Otimização da Engorda:
3) Venda dos equipamentos e serviço de monitoramento:
Comercialização das balanças de pesagem animal e cobrança recorrente pelo monitoramento dos animais e recomendações de otimização de lucro.
Quando foi fundada:
Início do projeto: novembro de 2009.
Criação do CNPJ: julho de 2013.
Quem são os fundadores e/ou sócios
Fundadores:
Tobias Firmino Soares – Diretor de operações, é técnico em eletrônica
Marcelo Neves Ribas – Diretor-executivo, é médico veterinário e Dr. em Zootecnia
João Luiz Neves – É engenheiro eletrônico
Sócios atuais:
Além dos três fundadores, também são sócios João Marcelo Guerra de Ratis e Silva, JPH Participações e Comércio Ltda e o Criatec 3 (Fundo de Investimento em Participações Capital Semente)
Como surgiu: Quando foi seu momento eureka?
Marcelo conta que a empresa passou por dois momentos: o primeiro foi em 2008, quando o Brasil sofria com o fechamento de mercado de exportação de carne devido à fragilidade do nosso sistema de rastreabilidade. O projeto inicial da Intergado visava gerar dados da cadeia de produção de carne para tornar o sistema produtivo seguro e confiável para o mercado externo. Marcelo conta que, em 2011, os sócios identificaram um mercado potencial no Brasil. “Os produtores brasileiros tinham interesse em incorporar o parâmetro de eficiência alimentar com o uso de dispositivos eletrônicos.
Estágio atual?
Fase de validação de produto e geração de cases.
Já recebeu investimento?
Sim. Duas rodadas:
1 – 2010 a 2013: investimento-anjo pela empresa Seva Engenharia Eletrônica.
2 – 2018: investimento venture capital por parte do fundo Criatec 3.
Está em busca de investimento?
Não nesse momento.
Setor em que atua e concorrências:
A empresa atua em dois setores, com os respectivos concorrentes:
- Eficiência alimentar (soluções de avaliação de consumo): Growsafe (Canada) e Isentec (Holandã)
- Otimização da engorda (solução de pesagem diária de animal): Bosch (Alemanha), Coimma (Brasil), Lebov (Brasil) e Personalbov (Brasil)
Principais desafios:
“Por se tratar de uma solução inovadora, ainda temos muita resistência por parte dos produtores rurais. Estamos trabalhando na geração de cases para demonstrar os benefícios de adoção das soluções de pecuária de precisão”, afirma Marcelo Ribas.
Faturamento:
Superior a R$ 3 milhões por ano.
Visão de futuro:
Marcelo afirma que a meta em cinco anos é alcançar o crescimento da solução de otimização da engorda para os seguintes patamares:
* 5.600 Balanças de pesagem de animal instaladas.
* 240 mil animais monitorados.
O que sua startup gostaria de ser quando crescer?
“Se tornar a referência nacional para o mercado de pecuária de precisão com foco em gado de corte. Queremos ser um case de sucesso, como a Strider.”
Qual foi o melhor momento da sua startup até hoje?
Segundo Ribas, são dois os momentos marcantes da empresa. Um deles em 2016, quando superaram os R$ 3 milhões de faturamento por ano. O segundo foi neste anos, com o fechamento da primeira exportação e o investimento pelo fundo Criatec3.
Qual foi o pior momento da sua startup até hoje?
O ano 2017 representou o momento mais difícil pois o governo brasileiro restringiu o investimento em pesquisa e houve a operação Carne Fraca e reflexos da Lava-jato no mercado agro.
O que você fez quando fechou seu primeiro negócio?
“Continuamos investindo na evolução do produto”, conta.
Quem deu o primeiro sim para a sua startup?
“A professora Sandra Gesteira Coelho, da Universidade Federal de Minas Gerais. Ela nos apoiou na primeira instalação dos cochos eletrônicos, estações de pesagem animal e bebedouros eletrônicos na fazenda Brejo Alegre, em Itaúna-MG, de propriedade do Dr. Pedro Nunes”, diz Marcelo Ribas.
E o primeiro não?
“O primeiro não foi dado pela própria equipe quando pivotamos o projeto inicial (rastreabilidade) para as soluções de pecuária de precisão”.