Como o Dia de Campo está migrando para o mundo digital
Iniciativa da Syngenta transmite eventos pelo Brasil direto para o smartphone do produtor
O Dia de Campo é uma verdadeira instituição do agronegócio. Para muitos produtores é a principal fonte de informação, uma oportunidade de ver de perto como tecnologias estão se comportando na lavoura, como um herbicida ou um fungicida está respondendo. Mas é um evento regional e presencial destinado a um pequeno grupo de participantes. Não mais. A Syngenta lançou seu programa Dia de Campo Digital, em que fazendeiros podem acompanhar as explicações por meio de uma transmissão ao vivo, direto de seus smartphones.
O sistema implantado usa uma câmera em que o produtor consegue ver a lavoura em 360°. Dá para focalizar no agrônomo ou no pesquisador que está falando, na lavoura ou na planta. “Sabíamos que não dava para optar apenas por uma câmera normal, ou por uma visão aérea. Seria preciso oferecer uma interação”, diz Celso Batistella, gerente de agricultura digital da Syngenta. Após semanas de planejamento, o projeto foi lançado com um evento em Deciolândia, no Mato Grosso, feito em parceria com a Pixit, empresa responsável por cuidar do portal da empresa. As imagens da lavoura são captadas com antecedência, e depois transmitidas em tempo real a partir de um estúdio para que problemas de conectividade não afetem a interação. Só a equipe de transmissão conta com 12 pessoas, além dos pesquisadores, agrônomos e o resto do pessoal normalmente envolvido do Dia de Campo.
“Nem sempre o produtor consegue participar desses encontros. Especialmente o pequeno, que normalmente tem muitas atribuições na fazenda e, em alguns casos, fica acanhado de ir sozinho”, afirma Batistella. Hoje, cerca de 93% dos produtores têm acesso a smartphones, facilitando a participação. Revendas e cooperativas também reúnem seus parceiros para acompanhar a transmissão. Quem assiste também pode enviar suas dúvidas tanto durante quanto depois do evento, e uma equipe fica responsável por responder. “Esse projeto não elimina o Dia de Campo presencial. É apenas mais uma solução ao produtor”, diz Batistella.
Além de Deciolândia, já foram realizadas edições do Dia de Campo Digital em Rio Verde, Goiás, e Londrina, no Paraná. Nesses três webinares a audiência foi de 450 conexões ao vivo, com uma média de três pessoas assistindo por conexão, e mais de 950 conexões para o download do conteúdo. Outros três já estão marcados: Dourados, no Mato Grosso do Sul, no dia 25 de fevereiro; Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, dia 15 de março; e Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, com data ainda a definir. Após a colheita da soja, em março, o programa deve ser pausado para a avaliação do feedback e para que sejam preparadas edições de outras culturas, como milho e algodão.
Atualizada com informações sobre a transmissão e dados de audiência