Com apoio de Bezos e executivos do Google e Starbucks, agtech quer construir uma super estufa
Empresa de Kentucky, nos EUA, quer produzir frutas e vegetais de forma mais sustentável
Com o apoio do fundo de investimentos Rise of the Rest, gerenciado por Steve Case, cofundador da AOL, e pelo escritor best-seller JD Vance, e suporte de grandes empresários americanos, incluindo Jeff Bezos (que tem mostrado interesse em outros projetos agtech), Howard Schultz, ex-presidente do Starbucks, pela estilista Tory Burch e por Eric Schmidt, ex-CEO do Google, a agtech americana AppHarvest anunciou a captação de US$ 82 milhões para a construção de uma das maiores estufas indoor do mundo.
Fundada pelo empreendedor Jonathan Webb, a startup tem o propósito de oferecer uma maneira mais sustentável de produzir frutas e vegetais. A estrutura que será construída com o valor captado terá 24 hectares, será instalada no Kentucky e permitirá o cultivo sob condições climáticas controladas.
Inicialmente, a AppHarvest vai se dedicar à produção de tomates e pepinos, mas o objetivo é expandir as opções. Os primeiros produtos estarão prontos em 2020, de acordo com a equipe da start. A instalação da estufa no Estado americano de Kentucky é uma vantagem estratégica. Em entrevista ao canal CNBC, Webb afirma que 70% da população americana está a um dia de viagem de caminhão do local em que a propriedade será instalada. Com isso, espera oferecer produtos mais frescos aos consumidores.
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Grandes investidores estão por trás da iniciativa. A rodada de série A foi liderada pelo ValueAct Spring Fund, fundo criado pelo executivo americano Jeffrey Ubben com o objetivo de oferecer recursos para projetos que ofereçam soluções para problemas ambientais e sociais. A rodada também contou com investimentos do Rise of the Rest.
De acordo com Webb, a AppHarvest quer competir com os agricultores tradicionais, oferecendo preços semelhantes em seus produtos, mas aplicando técnicas modernas. Com um controle maior dentro da estufa, a agtech usa até 80% menos água, e a localização geográfica privilegiada reduz os custos com combustíveis em 75%. A produção também é contínua, independente das condições climáticas.