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Perfil StartAgro: Grão Direto quer digitalizar o comércio de grãos no Brasil

Nome: Grão Direto

O que faz: Oferece uma plataforma que conecta agricultores, compradores, corretores e armazéns para a compra e venda de grãos como trigo, milho, sorgo e soja, entre outros grãos. Também permite que o produtor acompanhe o preço médio desses grãos de acordo com a região, além de cotações do dólar, BM&F, Bolsa de Chicago e frete.

Que problema resolve: Um dos fundadores, o engenheiro de produção Pedro Paiva, é filho de produtores da região de Uberaba, em Minas Gerais. Ele percebeu que o mercado de grãos ainda era muito analógico e dependia de ligações telefônicas para que as transações fossem realizadas. Com isso, muitas informações se perdem pela cadeia. O produtor tem menos embasamento para tomar uma decisão. A Grão Direto surgiu, então, para contornar esse problema.

Qual o diferencial: Além de oferecer o marketplace, a startup acredita que sua principal vantagem competitiva é apresentar uma grande quantidade de informações para que o produtor tome as melhores decisões possíveis. “Existem diversas iniciativas de mercados digitais no agro”, diz Alexandre Borges. “Acredito que é uma ideia que está inserida no espírito do nosso tempo. Mas nosso propósito é conectar produtores e compradores para que as informações sejam compartilhadas”. Segundo ele, faltam dados consolidados sobre as transações.

Modelo de negócios: A monetização se baseia em dois modelos complementares. Eles cobram uma pequena taxa para os compradores interessados em integrar a plataforma. Os produtores estão isentos. Além disso, cobram pela assinatura de determinados serviços, como o envio diário de informações do mercado, ou o acesso ao portal de contratos digitais que formaliza transações feitas pela plataforma.

Um breve perfil da startup: Amigos de infância em Uberaba, Pedro Paiva, engenheiro de produção, Alexandre Borges, administrador de empresas, e Frederico Marques, cientista da computação, nunca imaginaram trabalhar juntos. Mas depois que identificou uma oportunidade de negócios na área de comercialização de grãos, convidou seus amigos para desenvolver uma solução. A qualificação de cada um deles acabou criando uma sinergia e assim nasceu a Grão Direto, em 2016. Desde então, a agtech já se associou à Esalqtec, foi acelerada pela Startup Farm e recebeu aportes da Monsanto e da Open VC, gestora de capital de risco criada pelos ex-executivos da Microsoft Brasil Osvaldo Barbosa de Oliveira e Mauro Muratório Not.

Time: Alexandre Borges, cofundador
Pedro Paiva, cofundador
Frederico Marques, cofundador

Visão de futuro: Segundo Alexandre Borges, o momento atual da startup é de crescimento, já que a adesão à plataforma tem sido bastante positiva. “Mas temos uma mentalidade bastante pé no chão”, afirma. O foco é consolidar a atuação primeiro no Brasil para só mais tarde pensar em expansão para outros países.

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