Fazenda Futuro recebe aporte e é avaliada em US$ 100 milhões
Fundo monashees investiu US$ 8,5 milhões na food tech
Quem mora em capitais como São Paulo e Rio de Janeiro já pode encontrar o Futuro Burger, o hambúrguer à base de plantas criado pela startup Fazenda Futuro, em diversas redes de supermercado, empórios e em alguns restaurantes, como o TT Burger e a Lanchonete da Cidade. Agora, a empresa espera expandir sua produção e sua distribuição para outros mercados.
A Fazenda Futuro recebeu um aporte de US$ 8,5 milhões liderado pela gestora de capital de risco monashees e é avaliada em US$ 100 milhões. Em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, o fundador, Marcos Leta, afirmou que a atual produção de 150 toneladas ao mês passará para 550 em breve. Além de uma nova versão de seu hambúrguer, mais parecida em sabor e textura com a carne animal, ela prepara o lançamento de carne moída e de polpetones – e já fechou uma parceria com a rede Spoleto.
O mercado para carnes plant based está crescendo rapidamente no Brasil, embora seja bem menor que o americano. Além da Fazenda Futuro, a food tech Behind the Foods também criou seu próprio hambúrguer vegetal, assim como a Superbom, fabricante de produtos voltados para os consumidores vegetarianos e veganos.
Leia mais:
– Phuture Foods: startup cria carne de porco à base de vegetais para o mercado asiático
– Como as proteínas alternativas estão conquistando os carnívoros
– Proteínas alternativas podem representar 10% do mercado de carnes em 2029
Um estudo feito pelo banco Barclays aponta que as proteínas alternativas serão responsáveis por até 10% do mercado tradicional de carnes até 2029. Parte desse sucesso se deve à estratégia de marketing, focada nos amantes de carne dispostos a abrir mão do consumo em algumas ocasiões, conhecidos como flexitarianos. O sucesso fez com que algumas das principais food techs do mundo, como a Beyond Meat e a Impossible Foods, recebessem aportes milionários e fechassem parcerias importantes.
Enquanto isso, as versões feitas em laboratório a partir de células animais, que dispensam o abate, são vistas com bastante desconfiança. Um estudo publicado no jornal científico “Frontiers in Nutrition” indica que as pessoas apresentam uma rejeição grande à carne de laboratório, mitigada apenas quando são apresentadas a seus benefícios. O nome pelo qual esse novo produto será conhecido representa um grande desafio, capaz de mudar essa percepção.