O que o agro pode ganhar com o novo hub de inteligência artificial de Londrina
Iniciativa do Sistema Fiep terá residência em IA e programa de aceleração
A partir do dia 12 de setembro, a cidade de Londrina terá um novo hub dedicado à busca de soluções em inteligência artificial. Iniciativa do Sistema Fiep, o espaço funcionará como uma plataforma aberta de conexão entre empreendedores e empresas. E o agronegócio é um dos setores que tem mais a ganhar com ele.
Para começar, a cidade de Londrina não foi escolhida por acaso. “Ela tem um adensamento de capital intelectual”, diz Felipe Couto, gerente do hub, “além de um ecossistema agtech e uma concentração de empresas de software e TI”. O desenvolvimento desse ecossistema já foi tema de outras reportagens aqui no StartAgro.
Leia mais:
– Hackathon Smart Agro mostra maturidade do ecossistema do Paraná
– Expolondrina transforma a cidade na capital brasileira agtech
– Como a inteligência artificial está mudando a agricultura
O hub trabalhará com foco em pilares, como a formação de pessoas com as habilidades necessárias para trabalhar com inteligência artificial. A equipe lançou um programa de residência em IA. Trata-se de um curso de pós-graduação com professores renomados não apenas da região, mas de todo o País. E aqui o interesse do agro fica claro, já que as empresas Agrisolus, FarmGO e a cooperativa Cocamar, de Maringá, são algumas das patrocinadoras do projeto.
“Lançamos a residência esperando um perfil mais júnior de profissionais de exatas”, diz Felipe Couto. “Foram 500 inscritos, muitos deles com mestrado ou doutorandos. Vários com mais de 40 anos, interessados em ingressar em uma nova carreira”. Uma prova foi aplicada em 180, e os 60 com o melhor desempenho participaram de entrevistas. Apenas 20 foram selecionados e as aulas terão início no dia 2 de outubro. “Com a procura, já pensamos em abrir uma nova turma para 15, 20 pessoas em fevereiro ou março”, afirma Couto.
Além disso, o hub está estruturando um projeto de inovação com startus, elaborado em colaboração com cinco parceiros corporativos. “Trata-se de um projeto nacional. Queremos as melhores startups do Brasil”, diz Couto. Com duração prevista de seis meses, ele oferecerá a infraestrutura para que empreendedores testem soluções alinhadas com as necessidades dos parceiros. “Não prevemos nenhuma participação de equity. O hub entrará apenas com a gestão do programa e a infraestrutura”. Felipe Couto diz ainda que o orçamento prevê imersões em importantes ecossistemas de inovação do mundo: Canadá, Israel, o Vale do Silício, nos Estados Unidos, e a cidade de Shenzhen são alguns dos destinos. Um chamamento oficial será lançado entre outubro e novembro.