Relatório AgFunder: Startups asiáticas e capital semente se destacam em 2016
Confira alguns dos principais aspectos do novo relatório da AgFunder sobre os investimentos em startups AgTech em 2016; levantamento registra mudanças no cenário de tecnologia para o agronegócio em relação a 2015
Por Daniel Viera, de Piracicaba
O novo relatório da AgFunder sobre os investimentos em AgTech no mundo mostra que as startups americanas perderam terreno na captação de recursos em 2016. Segundo o estudo divulgado pela plataforma americana de negócios, as startups dos EUA continuam na liderança, mas com uma participação menor no bolo de investimentos: elas receberam 48% da verba total, o equivalente a US$ 1,87 bilhão, valor 14% menor que o computado em 2015. Em 2014, 90% dos acordos de investimentos ficaram no mercado americano, e em 2015, 58%.
Os principais destinos dos investidores em 2016, depois dos EUA, foram China, Índia e Canada, seja em quantidade de acordos fechados, seja em volume de recursos. Ao todo, houve investimentos em empresas de 51 países. Dos 20 maiores acordos fora dos EUA, sete foram de startups chinesas, em sua maioria voltadas ao setor de alimentos e comércio eletrônico, que acumularam mais de US$ 420 milhões, ou 13% do total de investimentos em 2016.
LEIA TAMBÉM
3 ÓTIMOS APLICATIVOS PARA SEMENTES QUE O PRODUTOR PRECISA CONHECER
MAÍLSON DA NÓBREGA: QUAL O IMPACTO ECONÔMICO DAS NOVAS TECNOLOGIAS AGRÍCOLAS NO BRASIL
USINA DE INOVAÇÃO MONTE ALEGRE QUER SER O CELEIRO HIGH-TECH DA AGRICULTURA EM PIRACICABA
Total de investimentos
Analisando-se o volume total, os investimentos globais em startups AgTech em 2016 foram de US$ 3,2 bilhões, uma redução de 30% nos investimentos globais em startups AgTech. Se diminuiu em valores, o mercado registrou um aumento de 10% no número de “deals”. Thiago Lobão, sócio da gestora SP Ventures, analisou o cenário em entrevista ao Valor: “O que se viu em 2016 foi a entrada de mais casas (de ventures capital) em deals, mas com um tíquete menor”.
A queda em dólar pode ser explicada parcialmente pelo fato de que, em 2015, ter havido uma quantidade grande de aportes em projetos com drones.
O capital semente, para startups iniciantes, cresceu no ano passado. Esse tipo de aporte foi responsável por 57% dos investimentos, uma expansão de 16% em relação ao 2015.
Setores
Nos EUA, o setor que recebeu o maior volume foi o AgBiotech, de biotecnologias. Os investimentos em startups americanas se concentraram nos estados da Califórnia, New York e Massachusetts.
Clique aqui para conferir o relatório AgFunder na íntegra (em inglês)