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AgroVen faz aporte na plataforma de gestão pecuária da iRancho

A agtech goiana iRancho, responsável por criar uma plataforma de gestão com foco no pecuarista, recebeu um aporte da associação de venture capital AgroVen. O valor não foi divulgado.

A plataforma é baseada no conceito de BPM (Business Process Management), que digitaliza cada atividade do manejo do gado de corte, do planejamento reprodutivo ao embarque. Além de gerar informações que permitem uma tomada de decisão mais assertiva no dia a dia, ela armazena todos os dados ao longo da cadeia, permitindo a rastreabilidade. Com a gestão, a startup tem apontado ganhos de até 50% em produtividade em alguns processos, além da redução do custo de insumos.

Três motivos chamaram a atenção da Agroven, de acordo com Silvio Passos, presidente do conselho do clube de investimento. O primeiro deles foi o potencial do próprio setor. O segundo foi a usabilidade da solução, fácil e intuitiva. “O terceiro, e mais importante, é a possibilidade de registrar o BPM, que permite guardar de maneira individual o histórico dos animais. Porque vamos caminhando para o que seria o sonho de todo consumidor europeu, por exemplo, que é a rastreabilidade do animal de maneira individual”, afirma Silvio.

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Essa questão vem sendo observada por diversos players do setor, já que existe uma demanda do próprio mercado de entender qual o caminho percorrido por aquele animal. “A cadeia é bastante longa, mas as informações mais relevantes de todo esse blockchain que vai ser criado para fazer a rastreabilidade estão dentro da porteira, na fase de criação. E o sistema da startup nasceu ali. Logicamente, outros players estão de olho, mas acredito que a iRancho está bem posicionada”, diz Silvio.

O diferencial do clube de investimentos, de acordo com Silvio Passos, é a proximidade dos investidores com a startup. “Uma vez que investimos na empresa, criamos uma estrutura interna de alavancagem dessa startup. Falamos com nossos quase 90 membros e entendemos como cada um deles pode ajudar”. Essa ajuda inclui conexões, indicações de clientes, propriedades que podem ser colocadas à disposição para testes. “Em vez de ficar só cobrando números da startup, a gente cria um plano”, afirma.