Agtech oferece monitoramento tecnológico para salvar colmeias

Em meio à discussão sobre a morte das abelhas, serviço tem atraído a atenção de apicultores

Faz algum tempo que as abelhas do mundo inteiro estão morrendo. Os fatores são muitos e incluem o envenenamento por pesticidas e a redução do habitat natural dos insertos com a expansão das áreas urbanas. O prejuízo é grande principalmente para os produtores rurais que dependem de abelhas para polinizar suas plantações. E, pelo menos por enquanto, polinizadores robóticos ainda estão longe de poder resolver esse problema. É por isso que a startup Apis Protect tem atraído tanta atenção nos últimos meses.

Criada pela engenheira elétrica irlandesa Fiona Edwards Murphy, a Apis Protect promete oferecer um monitoramento tecnológico de colmeias para os produtores de abelhas. A empresa instala sensores capazes de detectar a umidade, movimentação, temperatura e quantidade de dióxido de carbono, além de microfones para captar os sons interiores Quem contratar o serviço paga uma taxa mensal para obter os dados em tempo real. Com essas informações disponíveis fica mais fácil tomar atitudes capazes de salvar colmeias problemáticas. Os produtores também podem acompanhar a situação remotamente, uma facilidade para quem tem colmeias espalhadas por grandes áreas.

“Os apicultores não querem saber apenas a umidade de cada colmeia. Eles querem saber quais precisam de atenção”, diz Fiona Murphy à Wired. Segundo ela, o plano da agtech é usar algoritmos para ler todos os dados coletados e transformar esse monte de dados em insights capazes de melhorar o trabalho dos apicultores, mas ainda é cedo para avaliar os resultados desse projeto.

A ideia para a Apis Protect surgiu enquanto Murphy ainda estudava engenharia elétrica, em 2013. A startup começou a operar em 2017 e arrecadou US$ 1,8 milhão em investimentos no ano passado. É uma tentativa de Fiona Murphy de modernizar a apicultura, cujo modelo sofreu poucas alterações desde 1850, quando foi criada a colmeia de Langstroth.