Brain Agriculture é selecionada para o programa Lift Lab 2020, do Banco Central
A fintech Brain Agriculture foi a única startup ligada ao agro selecionada para o Lift Lab 2020, programa de aceleração coordenado pelo Fenasbac e pelo Banco Central do Brasil. O programa fomenta a inovação para o mercado financeiro nacional e conta com o apoio de empresas do setor privado.
“Ser selecionado para o Lift Lab é importante por vários motivos. O principal é a proximidade com o Banco Central, já que quando falamos em fintech estamos falando de um mercado bastante regulado”, afirma Renato Girotto, CEO da Brain, em entrevista ao StartAgro. “Poder sentar na mesa e discutir com eles é extremamente relevante.” O apoio das empresas também é muito importante. A Brain terá suporte financeiro da AWS (Amazon Web Services), que vai arcar com os gastos da startup em servidores. “Além disso, ainda tem toda a troca de informações com as empresas do setor”, diz Girotto.
Para participar do Lift Lab, a Brain inscreveu sua solução Farmer ID, uma ferramenta capaz de levantar toda a documentação que o produtor precisa para a tomada de crédito. Trata-se de uma versão para o agricultor da solução Farm Check, esta voltada para credores. “O aplicativo roda todas as análises, todas as certidões, conformidades da propriedade. Ele tem todas as informações públicas de uma vez, em menos de três minutos. Se fosse pesquisar sozinho, teria que acessar pelo menos 15 fontes diferentes”, diz Girotto.
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Girotto tem bastante experiência no sertor das agfintechs. Antes da Brain esteve à frente da Bart Digital, empresa que já apareceu aqui no StartAgro em algumas ocasiões. A Brain foi uma das selecionadas no Desafio Covid-19, que reuniu soluções capazes de ajudar os produtores em meio à pandemia, e a solução Farmer ID foi uma delas. Atualmente, ela está disponível apenas por meio da Orbia, a plataforma de relacionamento da Bayer, mas o CEO afirma que uma nova versão 2.0 será lançada em julho, aberta a todos os produtores.
Os interessados podem obter a plataforma por meio de uma assinatura mensal ou anual, oferecida em dois pacotes. O básico custa R$ 50 por mês, e garante a atualização quinzenal dos documentos, além da emissão de avisos sempre que há alguma informação nova, do cancelamento de algum documento à uma eventual multa por passivo ambiental. A versão avançada, ao custo de R$ 98 mensais, oferece uma ferramenta de geoprocessamento em que o produtor pode desenhar os talhões dentro de sua propriedade. “Nosso objetivo sempre foi oferecer uma ferramenta bastante acessível e democrática”, afirma Girotto.