Como a iniciativa Carbono Bayer vai recompensar produtores que adotarem práticas de captura de carbono

De uns tempos para cá, os produtores começaram a repensar algumas práticas com o objetivo de resgatar o solo em que o alimento é produzido. O tema foi capa da revista Plant Project em outubro, e desde então noticiamos algumas iniciativas do gênero. Agora, a Bayer anunciou a Iniciativa Carbono Bayer, um programa piloto que vai oferecer recompensas para os agricultores que adotarem práticas de sequestro de carbono.

E o Brasil foi escolhido para dar início ao projeto, junto com os Estados Unidos. Por aqui, a empresa contará com o auxílio da Embrapa e de três centros de pesquisa específicos: a Embrapa Informática Agropecuária, em Campinas, a Embrapa Instrumentação, em São Carlos, e a Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, as três no estado de São Paulo.

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Foram selecionados 1200 produtores dos dois países, e cerca de 500 são brasileiros, espalhados por 14 estados, em um total de 60 mil hectares. Esses agricultores precisam usar a plataforma Climate FieldView, e as informações fornecidas poderão ser conferidas por meio de imagens de satélite. A iniciativa Carbono Bayer começará na safra 2020/2021.

Os produtores serão recompensados com pagamentos em dinheiro e com créditos para resgate dentro das plataformas da Bayer. A empresa não divulgou o preço total do programa, mas no Brasil serão investidos 5 milhões de euros ao longo dos três próximos anos.

A iniciativa da Bayer não é a primeira do tipo. Há alguns meses, a Cargill lançou um fundo que vai recompensar agricultores que adotem práticas sustentáveis, não apenas para captura de carbono, mas também de cuidados com a água e o solo. Há cerca de um ano, a agtech americana Indigo lançou o Terraton Challenge, com o objetivo de sequestrar um trilhão de toneladas de carbono da atmosfera em reservas no solo.