Conheça a SeeTree, startup israelense de monitoramento que já opera no Brasil
AgTech monitora produção de cítricos e já captou US$ 15 milhões
Quem visitar a Arena da Inovação na Agrishow deste ano precisa passar no estande da SeeTree. A startup israelense é um dos destaques da feira e embora seja pouco conhecida no meio agtech já tem uma solução bastante inovadora em funcionamento no país.
O sistema desenvolvido por eles consiste em um monitoramento constante de plantações permanentes, principalmente de cítricos. Por meio de drones e um sistema de inteligência artificial, a empresa consegue monitorar a saúde de todas as árvores, identificando qualquer tipo de doença, especialmente o greening. Com a análise desses dados, a startup oferece ao produtor a possibilidade de intervir com maior velocidade, antes que o problema se alastre. Eles usam um equipamento de nível militar, indisponível para civis, que permite uma precisão maior. Quando o produtor contrata o serviço, a empresa leva todo o sistema até sua propriedade e cuida da operação no dia a dia.
Conversamos com Barak Hachamov, empreendedor com mais de 20 anos de experiência e cofundador da SeeTree. Segundo ele, a grande “sacada” da empresa é o algoritmo que analisa as informações coletadas. “Não pegamos todos esses dados e simplesmente entregamos ao produtor. Usamos nosso algoritmo para apresentar algumas possibilidades de como resolver o problema”, diz ele. É possível identificar quando substituir uma árvore que não está oferecendo os resultados esperados ou quando conter a proliferação de uma praga.
Com apenas 18 meses de existência, a agtech já captou US$ 15 milhões e conta com Uri Levine, um dos fundadores do Waze, entre seus investidores. Além de escritórios em Tel Aviv e na Califórnia, a empresa mantém uma central de operações no Brasil. Embora não revele quais são os seus clientes, Hachamov afirma que está trabalhando com alguns dos maiores produtores de cítricos do País.
De acordo com o empreendedor, os próximos passos da agtech é expandir sua operação em outros países e passar a monitorar outros cultivos. “Em breve, vamos aplicar nossa solução em amendoeiras. Os testes feitos até agora foram bastante animadores”, diz Hachamov.