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Conheça o Bionicook, fast food 100% robotizado criado no Brasil

Com uma nova loja prestes a ser inaugurada, food tech quer chegar a 500 unidades em cinco anos

Qual será o futuro do fast food? Para o empreendedor Fábio Rezler os lanches rápidos serão servidos por robôs, de maneira rápida, eficiente e sem contato com humanos. Essa é a proposta do Bionicook, startup que criou sozinho e que se prepara para inaugurar a segunda loja, no dia 15 de outubro, na Universidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.

O projeto levou cinco anos para se tornar realidade. Fábio sempre trabalho no setor automotivo, mas fez um redirecionamento de carreira e buscou um modelo escalável, franqueável e de grande apelo tecnológico e de consumo. Ele decidiu desenvolver uma solução para o setor de alimentos, mas o insight definitivo veio de maneira inusitada. “Eu estava assistindo TV numa sexta-feira e vi um programa em que um braço robótico fazia uma parte do trabalho. Resolvi usar essa ideia. Passei o final de semana reescrevendo meu projeto”, conta o empreendedor.

Ele foi atrás de várias empresas de robótica até que a alemã Kuka Industrial Robots aceitou o desafio. “É nesse momento que percebemos como o ser humano é perfeito e não nos damos conta”, brinca ele. Foi preciso trabalhar cada movimento nos mínimos detalhes para garantir que a programação funcionasse na vida real. Nessa etapa, cerca de 80 pessoas foram envolvidas no processo. 

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O Bionicook foi oficialmente apresentado em uma feira de startups em Caxias do Sul, e passou por um período de validação in loco de 30 dias para que Fábio pudesse corrigir qualquer anomalia. Depois disso, conseguiu captar recursos de investidores anjo, depois de anos fazendo aportes próprios. “A primeira rodada maior será feita em novembro, após a inauguração da unidade em Caxias”, diz ele.

Para atrair investidores e potenciais franqueados, Fábio desenvolveu um sistema de franquia diferente. Os interessados podem fechar um contrato de cinco anos. Nos primeiros três anos, fazem o aporte financeiro, mas acompanham a operação como espectadores. “Isso foi pensado por conta do receio que os candidatos manifestavam. Afinal, é tudo tão novo, tão tecnológico, que assusta um pouco”. O franqueado passa a receber de acordo com o lucro da cesta total de lojas. Além disso, toda a operação e manutenção é realizada sob a supervisão da Bionicook. Até a escolha dos pontos é feita pela startup, para garantir que cada localidade seja a mais apropriada para a expansão. E Fábio tem um plano ambicioso. “Minha expectativa é chegar a 500 lojas nos próximos cinco anos”, afirma.

Neste vídeo Fábio mostra o funcionamento do Bionicook: