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Conheça o WeedScout, o aplicativo da Bayer que reconhece plantas daninhas por meio da câmera do celular

Entre os maiores desafios dos agricultores estão o mapeamento e o controle de pragas ainda nos estágios iniciais. Para atender a esse demanda, a Bayer desenvolveu um aplicativo, o WeedScout, que usa rede neural e a câmera do celular para identificar plantas daninhas.

O ITForum365 fez uma matéria a respeito. Confira abaixo.

Do ItForum365

Bayer, por meio da unidade Digital Farming, lançou no Brasil o aplicativo WeedScout, que reconhece plantas daninhas por meio de imagens tiradas com celular ou tablet. O app, que usa rede neural, ajuda agricultores a identificar as pragas ainda nos estágios iniciais.

Pesquisas realizadas pela Bayer no ano passado apontaram que os desafios dos agricultores incluíam mapeamento do clima e controle de pragas e, desde então, a companhia vem endereçando esses problemas junto aos produtores. “Lançamos o www.alertas.bayer.com.br, que mostra a ocorrência de chuvas em 5.570 cidades brasileiras e a probabilidade de pragas nas lavouras, além de termos instalado TV com os alertas em distribuidores para os agricultores que não têm acesso à internet. Agora, o WeedScout vem a somar com essas iniciativas”, comentou André Salvador, gerente de desenvolvimento de Negócios de Digital Farming da Bayer.

Ele explicou que o Brasil conta, hoje, com 41 plantas daninhas resistentes e de difícil controle e o custo para eliminá-las tem aumentado cerca de 7% ano, nos últimos quatro anos. Considerando que 25% do campo é acometido por plantas daninhas, atacar o problema com assertividade é fundamental. “O aplicativo vai ajudar a reduzir custos, ao fazer com que o herbicida seja aplicado apenas no local necessário”, relatou o executivo.

Em uma área de 70 mil hectares, a equipe da Bayer usou satélite e drones para identificar talhões com plantas daninhas. Em seguida, o time da companhia foi até os locais para começar a catalogar imagens com dispositivos móveis. Foram reconhecidos 12 tipos de plantas daninhas em diferentes estágios e mais de 30 mil imagens inseridas no app.

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O aplicativo, gratuito e disponível para Android e iOS, analisa e reconhece os problemas por meio de rede neural e é exatamente por isso que conta um sistema de atualização colaborativa, ou seja, utiliza as fotos tiradas pelos usuários para aprimorar seus algoritmos. “Temos um time de pesquisadores especializados no tema que fazem a validação e aprimoramento dos algoritmos baseados no banco de dados conforme novas imagens são geradas”, completou o executivo.

O app não mostra o tipo de tratamento que deve ser realizado. Salvador explicou que essa é a finalidade de outro aplicativo da companhia, o Bayer Agro, no qual o produtor tem todo o portfólio da empresa, acesso off-line à lista de produtos, bulas e guia de doenças identificadas por imagens.

De acordo com Salvador, o WeedScout foi desenvolvimento internamente pela Bayer pela equipe da companhia na Alemanha, onde o WeedScout também está disponível. Ele foi desenhado para funcionar também off-line, já que, em muitos lugares no campo, a conectividade é um desafio. “A ferramenta foi feita desde o início que o agricultor possa fazer a capturar no campo e executar o reconhecimento quando conectado à rede 3G ou Wi-Fi”, explica. Todas as informações ficam registradas no app para consultas futuras e garantir histórico e resolução de problemas.