Espírito Santo lança Sinapse Inovação; programa é boa oportunidade para AgTechs
Programa Sinapse Inovação quer fomentar as startups inovadoras do Espírito Santo, que já colocou o AgTech como setor estratégico para os próximos anos
O programa de empreendedorismo Sinapse Inovação chega ao Espírito Santo para fomentar o ecossistema de startups. O lançamento do projeto é nesta terça-feira (30/5), no Palácio Anchieta, em Vitória.
Criado em 2008 em Santa Catarina pela Fundação Certi, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa de Inovação (Fapesc), o projeto foi o responsável pela criação de 385 startups, que geraram 1,5 mil empregos diretos e 151 patentes.
No Espírito Santo, o objetivo é estimular as startups e, assim, ajudar o estado a diversificar a matriz econômica do Estado, que tem buscado reduzir a dependência das commodities e cuja atividade econômica está concentrada em poucas grandes empresas.
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“O Sinapse vai contribuir para o fortalecimento do ecossistema inovador no Espírito Santo, pois preencherá a lacuna que existe entre as boas ideias e o mercado”, afirma José Antônio Buffon, diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes). “Ao dar um chance às pessoas que têm apenas uma boa ideia, mas não sabem por onde começar, cria-se uma verdadeira cultura do empreendedorismo e da inovação no Estado”.
Inscrições e funcionamento
As inscrições para o programa estão abertas desde segunda e vão até 12 de julho. Elas podem ser feitas por meio do portal www.sinapsedainovacao.com.br/es.
Na primeira etapa do projeto, os interessados apresentam suas ideias de negócio e a equipe de trabalho. A intenção é verificar se a ideia é inovadora, se traz benefícios para a região e se tem viabilidade comercial. Passam para a segunda fase até 300 propostas, e os selecionados devem, então, elaborar um projeto da startup, detalhando o plano de negócio.
A terceira fase – com 150 das propostas – consiste no desenvolvimento de um projeto de fomento, com apresentação detalhada do orçamento e do planejamento de execução do projeto. Ao longo de todas as etapas são oferecidas capacitações para auxiliar o empreendedor.
Ao final, até 40 projetos serão selecionados, cada um com R$ 50 mil em subvenção econômica da Fapes, além de serviços técnicos do Sebrae. Durante seis meses, essas empresas passarão por um processo de pré-incubação com suporte e capacitação para transformar suas ideias em negócios de sucesso.
AgTech no Espírito Santo
O programa surge no momento em que o governo do Espírito Santo definiu o AgTech como um setor estratégico. A inovação – com o apoio a startups e a mecanização da produção agropecuária – é um dos pilares do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (PEDEAG 3), lançado no início de dezembro e que projeta as iniciativas para o setor até 2030.
Dentro do PEDEAG 3, a inovação foi colocada como uma das diretrizes. Os capixabas estão antenados com a nova economia. Buscaremos ser protagonistas em outras tecnologias, como drones e robótica, sensores e equipamentos inteligentes, mecanização, Big Data, certificação e softwares de gestão de fazendas, dentre outros”, disse Octaciano Neto, Secretário da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Espírito Santo, por ocasião do lançamento do plano.
“O mundo do agronegócio vive uma efervescência tecnológica, com o aumento de startups voltadas para o setor em busca de soluções por meio da tecnologia, chamado AgTech. Precisamos e vamos participar desse contexto.”
Além disso, no final do ano um grupo de empresários do Espírito Santo lançou o AGROFIP, um veículo de investimento que selecionará startups com soluções para diferentes segmentos do agronegócio e planeja aplicar R$ 25 milhões nos próximos cinco anos.
A visão dos investidores capixabas é a de que as novas tecnologias são fundamentais para o desenvolvimento do agronegócio e que, como consequência, representam boas oportunidades para investimento.