Hackathon Smart Agro mostra maturidade do ecossistema do Paraná
Quarta edição do evento promoveu uma maratona de inovação focado em startups com projetos mais avançados
Além de oferecer a algumas startups prêmios em dinheiro e a possibilidade de participar de mentorias com grandes empresas do agro, a quarta edição do Hackathon Smart Agro, realizada dentro da Expolondrina, teve um saldo ainda mais positivo: mostrou o amadurecimento de um ecossistema de inovação agtech.
Foram três dias de imersão em que 20 startups participaram de rodadas de negócios, sessões de mentoria, painéis e palestras. Todas apresentaram soluções para um time de 12 jurados, e três foram premiadas com R$ 3 mil: a DIOXD, que oferece um tratamento de sementes para aumentar a produção agrícola, feito com dióxido de carbono; a HidroMaps, que usa inteligência artificial para detectar pontos de perfuração de novos poços artesianos; e a LebenLog (transPork), cuja proposta é monitorar o stress de suínos usando uma plataforma digital.
Como George Hiraiwa, idealizador do evento, havia adiantado, o foco dessa edição foi em soluções mais maduras, em vez de apostar apenas na prototipação, como costuma acontecer em eventos do tipo. Essas ideias mais avançadas atraíram a atenção de grandes players do agronegócio. “O interesse das empresas nesse ecossistema de inovação foi escancarado”, diz Hiraiwa.
Além das três startups premiadas, outras também foram beneficiadas. A Sociedade Rural do Paraná (SRP) selecionou as empresas Bee Money, HidroMaps, LebenLog (transPork) e ME PROTEGE EPI para participar da aceleradora Go AgriTech. A Bee Money e a LebenLog (transPork) receberam também 40 horas de consultoria no Instituto Senai de Tecnologia. A Cooperativa Integrada selecionou a DIOXD, a REX9 e a X-Think para validação no Programa de Inovação Aberta. E o Instituto Agronômico do Paraná fará parcerias com a DIOXD, IDMAQ e NEOFIELD.
Antes da maratona, o StartAgro promoveu um painel sobre inovação, com a participação de Dario Maffei, CEO da Indigo Ag para o Brasil, Felipe Gonzales, da Plug & Play, Kieran Gartlan, da aceleradora Yield Lab, e George Hiraiwa, representando a plataforma AgTech Brasil. O bate-papo teve mediação de Luiz Fernando Sá, diretor editorial da revista Plant Project e do StartAgro.