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Hub GROW apresenta 12 startups com soluções disruptivas no sudeste asiático

O sudeste asiático tem se transformado em um dos ecossistemas de inovação em agtech e food tech mais vibrantes do mundo. Em junho do ano passado, falamos aqui no StartAgro sobre o GROW, um hub de aceleração instalado em Cingapura cujo objetivo é fomentar o empreendedorismo e a inovação na região. 

Agora, o hub anunciou as 12 startups que farão parte de seu Singapore Food Bowl, iniciativa que busca criar um ecossistema mais resiliente, sustentável e descentralizado, especialmente no período pós-pandemia. De acordo com o GROW, essa emergência sanitária expôs as vulnerabilidades da produção de alimentos, especialmente na região. A iniciativa integra um plano do governo para que ao menos 30% dos alimentos consumidos no País sejam produzidos localmente até 2030. Hoje, são menos de 10%.

Em entrevista ao site AgFunder News, o diretor do GROW, John Friedman, afirma que o momento foi oportuno para o lançamento da iniciativa Singapore Food Bowl. “Ela oferece uma plataforma não apenas para acelerar inovações no ecossistema de agrifood local, mas para aumentar a percepção do resto da sociedade de que precisamos de uma transformação e de mais sustentabilidade em todo o sistema de produção de alimento”.

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A seleção inclui principalmente startups locais de Cingapura, mas conta também com representantes das Filipinas, China, Austrália e Tailândia. Suas soluções podem servir de inspiração na busca por um sistema local mais sustentável e eficiente.

Conheça as startups:
Augmentus (Cingapura) – Uma plataforma de automação robótica que permite a operadores sem conhecimentos técnicos programar robôs para uso em agricultura vertical.
CocoPallet (Filipinas) – Desenvolve pallets sustentáveis e de baixo custo feitos de subprodutos da indústria do coco.
Crust Group (Cingapura) – Reduz o desperdício de comida recuperando restos de pães de hoteis, cafeterias e restaurantes para reutilizá-los na produção de cervejas e bebidas.
DiMuto (Cingapura) – Combina internet das coisas e blockchain para digitalizar a cadeia de produção de alimentos.
Fortuna Cools (Filipinas) – Usando fibras de coco, desenvolve caixas baratas e biodegradáveis para transporte de alimentos congelados.
Invertigro (Austrália) – Permite a seus clientes integrar agricultura vertical em seus modelos de negócio por meio de um sistema modular.
ListenField (Tailândia) – Combinando análise climática com internet das coisas, o aplicativo oferece aos produtores dados precisos para a tomada de decisão em todos os estágios da produção.
Lleaf (Austrália) – Criou um polímero que pode ser aplicado a paineis de estufas e aumenta a produtividade em até 40%. Pode ser utilizado em espaços como a cobertura de prédios.
Mi Terro (China) – Transforma leite impróprio para o consumo em um tecido sem odor e regular térmico que pode ser usado como substituto do algodão em roupas e como uma embalagem biodegradável para alimentos.
Organic Technology Holdings (Austrália) – Reaproveita resíduos orgânicos em produtos de alto valor, como comida de animais, aditivos de sabor e suplementos de saúde.
SingCell (Cingapura) – Oferece serviços de desenvolvimento biotecnológico e de manufatura para que as carnes feitas em laboratório cheguem mais rapidamente ao mercado.
Smoocht (Cingapura) – Cria opções de sobremesas “Plant based” a partir de uma base composta por leite de arroz orgânico.