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Hub para produtores, Atomic Agro se prepara para nova rodada de captação

Startup oferece plataforma para troca de informações 

Com a proposta de operar como um hub em que produtores podem compartilhar experiências e informações, tirar dúvidas e receber insights, a startup Atomic Agro se prepara para buscar uma nova rodada de captação em março. 

A startup surgiu, ainda como uma ideia, em 2017, a partir de um banco de dados com os nomes de mais de 40 mil produtores. “Pensamos em uma maneira de devolver ao produtor todas essas informações a que temos acesso”, diz Bruno Matozo, cofundador da Atomic Agro. A solução foi desenvolver uma plataforma colaborativa que já conta com quase quatro mil cadastrados. O primeiro aporte, de R$ 3 milhões, veio em agosto de 2018. Os recursos foram usados para tirar a ideia do papel e transformá-la em uma startup plenamente operacional.

A inspiração veio da americana Farmers Business Network, uma rede independente que conecta produtores e oferece análises precisas. Fundada em 2014, se propõe a fazer de um jeito novo algo comum: a troca de conhecimento. Desde então, se tornou um case importante de rede social e marketplace para o agro.

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O foco da atuação da Atomic Agro, segundo Matozo, é a base da pirâmide, ou seja, os pequenos e médios produtores. O tamanho médio das propriedades atendidas é de 300 hectares. “Só isso já nos diferencia de outras agtechs que costumam focar apenas em grandes produtores”, afirma o empreendedor. É possível compartilhar impressões sobre insumos ou saber como determinado cultivar está sendo manipulado em uma região. Empresas também podem oferecer novos produtos para tipos específicos de produtores. “Desde que faça sentido para nós”, afirma Matozo.

O modelo de negócios contempla uma versão paga da plataforma, destinada a produtores interessados em fazer parte de um pool mais seleto. Eles recebem informações sobre condições de venda e outros dados exclusivos. De acordo com o cofundador da empresa, a startup ainda tem recursos do primeiro aporte, mas se prepara para uma nova rodada de captações com o objetivo de conquistar mais produtores. Hoje, os dados comportamentais desses fazendeiros são captados tanto pelo aplicativo quanto por telefone, uma tarefa realizada por uma equipe formada por oito pessoas.