Mundo AgTech: edição de 1° de março
Um giro pelo que acontece de mais relevante e interessante nas startups do agronegócio pelo mundo
Produzindo canabinoides em laboratório
Pesquisadores descobriram que aplicando genes de cannabis em leveduras utilizadas na fabricação de cervejas é possível transformar esses micróbios em pequenos produtores de compostos canabinoides CBD e THC. Esses dois elementos são usados em medicamentos para tratar ansiedade e epilepsia, por exemplo, e o CBD atenua os efeitos alucinógenos do THC. A descoberta tem muitas vantagens. Lidar com a planta de verdade é complicado, demorado e caro. Reproduzir os compostos em laboratório reduziria custos, simplificando a produção em massa. E permite uma análise mais aprofundada do verdadeiro potencial da planta.
Leia a reportagem no site da Wired
Bilionários financiam food tech que cria proteínas alternativas
A food tech Motif Ingredients, responsável por usar biotecnologia e fermentação para criar proteínas que melhoram o sabor e o valor nutritivo de alternativas à carne e bebidas à base de plantas, recebeu US$ 90 milhões em uma rodada de investimentos série A. Entre os investidores está o fundo Breakthrough Energy Ventures, financiado por bilionários como Jeff Bezos, da Amazon, Bill Gates e o chinês Jack Ma. O sucesso da startup está ligado à busca dos consumidores por alimentos alternativos – em 2018, o mercado de carnes e bebidas feitas com vegetais cresceu 17% nos Estados Unidos. Um dos maiores desafios é recriar o sabor e os nutrientes presentes nos ingredientes originais, e é aí que food techs como a Motif e a MycoTechnology tem atraído a atenção de empresas e fundos.
Leia a reportagem no site do Financial Times
O problema de conectividade no campo também nos EUA
Não é apenas no Brasil que os produtores rurais sofrem com a falta de acesso à internet de banda larga em suas casas. Uma pesquisa realizada pelo Pew Institute mostrou que apenas 58% das propriedades rurais dos Estados Unidos têm acesso à banda larga. As operadoras afirmam que os custos para instalar quilômetros de fibra ótica é muito alto para atender apenas um punhado de clientes em áreas menos populosas. Mas sem internet esses produtores não podem recorrer a algumas das principais ferramentas de agricultura de precisão disponíveis no mercado atualmente. O governo prometeu tomar algumas medidas para resolver a questão, mas enquanto isso não acontece algumas startups têm oferecido soluções temporárias: a principal permite que dispositivos se comuniquem entre si sem conexão com internet, e esses dados sejam levados a uma central, esta sim conectada.
Leia o texto completo no AgFunderNews
CRISPR, a sigla do futuro
Surgida há alguns anos, a técnica de edição genética CRISPR tem oferecido possibilidades quase ilimitadas ao agro. Usando a enzima Cas9, pesquisadores conseguem fazer cortes de alta precisão na cadeia de DNA. Com isso, é possível acrescentar, inibir ou potencializar um gene de interesse. As melhorias já são visíveis principalmente na produção de alimentos e na saúde humana. Abriu-se um campo de pesquisas científicas que já está sendo explorado por startups e food techs. Com um custo muito menor que a transgenia, que exige testagem e avaliações de risco, a edição genética permite uma análise de resultados muito mais rápida.
Leia a reportagem completa no site da Plant Project