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O agro na Campus Party 2019

Agtechs marcaram presença na feira para mostrar que o setor tem enorme potencial

Desde que começou a ser realizada, em 2008, a Campus Party entrou para o calendário de eventos da cidade de São Paulo como um dos principais eventos para os amantes de tecnologia. Hoje em sua 12ª edição, o perfil da feira mudou um pouco. O foco continua em inovações tecnológicas e em temas do momento, como Blockchain, Internet das Coisas, Inteligência Artificial e uso de drones. Mas há uma boa parte da programação dedicada ao empreendedorismo, como exemplos de cases, dicas para quem está começando, sessões de mentoria e espaço para que startups mostrem suas ideias.

As poucas agtechs presentes no evento estavam na Campus Party com um objetivo: mostrar que o setor tem muito potencial. E o resultado foi melhor do que o esperado. A equipe do IZAgro, plataforma mobile que oferece catálogo de insumos agrícolas com dados e fotos sobre pragas e doenças, além de notificações por push segmentadas para produtores, disse que muitos curiosos passavam para conhecer o serviço, mesmo sem trabalhar no campo. E afirmaram que alguns investidores aproveitaram a feira para se aproximar de startups.

“Agtech virou uma ‘buzzword’ nos últimos tempos”, afirma Fernando Lopes, um dos fundadores da MVisia, startup que desenvolveu câmeras que usam inteligência artificial para analisar, via imagem, diversos processos no campo e na indústria. Hoje, eles atendem diversas empresas.

A Flowins, startup que mescla serviços de marketplace e rede social aproveita a Campus Party para lançar sua conta Flow, um serviço financeiro voltado para os produtores cadastrados na plataforma. Eles já ofereciam diversas opções de pagamento, mas agora será possível realizar todas as transações dentro do site.

A lista inclui ainda outras startups ligadas ao agronegócio, como a AgroMarra, que oferece soluções de gestão de fazendas, e a Estufa Smart, responsável por um sistema de automação de estufas controlado por smartphone.

E o espaço Startup & Makers também foi usado por empreendedores e estudantes interessados em divulgar seus protótipos. A equipe da Three Way Engenharia, de Porto Velho, Rondônia, criou um cocho automatizado que usa sensores nos brincos dos bois para identificar e monitorar a quantidade exata de alimentação necessária para cada boi. Alunos do Instituto Federal de Rondônia criaram a boia Secchi, feita para que piscicultores monitorem a transparência e turbidez de seus tanques em tempo real. E a Cowpper oferece um sistema online para desburocratizar a gestão de fazendas de gado.

Assista ao vídeo sobre a visita do StartAgro à Campus Party: