Os planos da Indigo para fortalecer seu marketplace de carbono

A agtech americana Indigo, a mais valiosa em atividade, recentemente completou uma rodada de captação de investimentos de Série F. Em janeiro, a empresa captou US$ 200 milhões, parte de uma rodada de Série F. Em junho, noticiamos aqui no StartAgro que a agtech havia captado outros US$ 300 milhões. Na verdade, o valor atualizado é US$ 360 milhões. Com os novos recursos, a Indigo quer expandir ainda mais a sua atuação.

Em entrevista ao AgFunder News, o presidente e CEO David Perry afirmou que eles estavam contemplando essa rodada há algum tempo. A captação começou em janeiro, após o sucesso do lançamento da iniciativa de sequestro de carbono, mas a pandemia provocada pela Covid-19 acabou mudando um pouco os planos da empresa e só agora a captação foi concluída.

Atualmente, a empresa oferece o que Perry chama de efeito sinérgico: o produtor pode comprar sementes tratadas que permitem uma redução no uso de insumos. Com isso, eles podem receber créditos por capturar carbono em suas propriedades. Os grãos podem ser vendidos no marketplace e enviados por meio de um serviço de transporte que inclui rastreabilidade.

Leia mais:
– Indigo Ag capta US$ 300 milhões em nova rodada de investimentos e é avaliada em US$ 3,5 bilhões
– Indigo Ag capta US$ 200 milhões em nova rodada de investimentos
– Indigo lança desafio de startups com foco em sequestro de carbono

O foco será na expansão para novos mercados. Atualmente, além dos Estados Unidos, a Indigo mantém operações no Brasil, na Argentina e na Europa e tem uma joint venture na Índia. Nem todos os produtos disponíveis nos EUA podem ser acessados por produtores de outros países. De acordo com Perry, isso faz parte de um processo metódico. “Queremos que essas soluções atinjam um certo grau de maturidade antes de levarmos cada uma delas para fora dos Estados Unidos”.

Os US$ 200 milhões captados em janeiro estão sendo usados para fortalecer o marketplace, principalmente a plataforma envolvendo os planos de captura de carbono. “Eu realmente acredito que o mercado de carbono vai transformar a agricultura”, afirma Perry ao site. Mas ele diz que essa mudança não vai acontecer de uma hora para outra e que provavelmente vão surgir diversos mercados que vão se complementar e competir entre si.