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Os visionários da agricultura digital e da inteligência de dados no agro

O ano é 2001 e o mundo vive algumas transformações radicais. Em meio a crescente tensão do terrorismo no mundo com o ataque às Torres Gêmeas em Nova Iorque, também há uma explosão da chamada bolha da internet. É nessa época que a rede de computadores de fato entra na casa das pessoas e o consumo muda de paradigma. Surgem as grandes empresas de internet como Google e Amazon. É um momento novo para um mundo que começava a experimentar os tão sonhados anos dois mil. A efervescência desse momento é marcada por empreendedores ficando bilionários da noite para o dia, investidores correndo por uma onda de startups inovadoras, com as mais diferentes ofertas de serviços a serem oferecidos na rede. O vale do Silício vive mais uma onda de acelerações que transformariam as nossas vidas.

É inevitável que alguém olhe e pergunte: mas e o agro?

Mais inadvertidamente outro alguém poderia responder: O agro iniciou sua transformação digital mais recentemente e nessa época ninguém nem pensava sobre o uso de soluções digitais no agro.

Errado!

Isso mesmo, errado!

Em meio a loucura da bolha da internet, o agro já se movimentava em direção ao centro do furacão. E em Piracicaba, no que viria ser 15 anos mais tarde o AgTech Valley – Vale do Piracicaba*, um grupo de empreendedores vivia um momento único de suas vidas. Na verdade, eles não sabem que são empreendedores. O grupo está trabalhando tranquilamente no departamento de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia da informação do Centro de Tecnologia Coopersucar, quando recebem a informação de que aquele setor será descontinuado. A ebulição e a euforia agora, é diferente daquela dos que estavam faturando milhões com a internet. Alguns com filhos, outros que estavam acabando de entrar no mercado de trabalho, o outro que havia comprado uma casa, que de repente descobrem que vão ficar sem nada; são milhares de pensamentos fluindo em uma velocidade frenética tentando entender a informação, conceber e processar o que seria dali para frente.

O grupo decide então somar as expertises adquiridas de longos anos de trabalho e lançar uma empresa de agricultura digital e inteligência no agro. É um voo insólito. As próprias expressões da frase anterior nem existiam na época. Eles nem gostam de referenciar a iniciativa como startup, “uma vez que faz tanto tempo, que nem existia startup na época, era empresa mesmo”, como gostam de brincar os sócios. Com muita coragem colocam o negócio para rodar em menos de um mês aparecem os três primeiros clientes e que curiosamente continuam até hoje com eles. Assim nasceu a GAtec.

Figura 1

Daí para frente a empresa não para de crescer. Pouco tempo depois vem a explosão da bolha da internet, muitos novos bilionários tornam-se pobres na mesma velocidade que se tornaram ricos, há uma morte coletiva de unicórnios, mas a GAtec segue firme seu caminho. Não foi o único momento difícil que passaram, vieram outras crises e a empresa continuou caminhando.

Com certeza, não tinham ideia de que eram os protagonistas de uma revolução que viria anos mais tarde. Quando a bolha do AgTech surge por volta dos anos de 2015 e 2016, a GAtec já está madura, oferecendo soluções tecnológicas completas e visionárias. Enquanto a maior parte das startups surgem soluções fracionadas, a GAtec já tinha um sistema totalmente completo e integrado. Chega ser engraçado, pois hoje ainda estamos discutindo a possibilidade de um sistema universal, que possa conectar todas a soluções e a GAtec resolveu esse problema muitos anos atrás. O Simple Farm por exemplo é quase que um plug and play dos principais sistemas de ERPs existentes, apenas para citar um exemplo. Porém, a empresa impressiona pela abrangência dentro do agronegócio, com soluções desde originação, planejamento, gestão agrícola, gestão pecuária, logística, gestão automotiva, manutenção industrial, processo industrial e beneficiamento, gestão de armazéns, custos até comercialização. Se fossemos imaginar cada uma destas soluções de forma individualizada, seria como uma dúzia de startups independentes, porém todas essas soluções se encontram em um único lugar.

Figura 2

Isso só foi possível graças a visão dos empreendedores, de que era fundamental investirem em pesquisa e desenvolvimento, mas além disso, que a própria empresa deveria destinar parte dos seus recursos para avançar tecnologicamente e se manter a frente do seu tempo. O que vemos hoje é exatamente isso, enquanto soluções pulverizadas batem cabeça para se integrarem, a GAtec já está trabalhando na próxima revolução, antecipando em pelo menos 20 anos o futuro.

Para esse avanço contínuo, uma equipe de mais de 200 colaboradores trabalha motivadamente, com a certeza de que estão construindo algo que ainda não existe e que os players do agro ainda nem sabem que precisarão, mas precisarão com certeza.

São mais de 250 clientes em 18 estados brasileiros e países da América Latina, América do Norte, África e Europa e ao longo dos seus 20 anos de história são mais de 2000 projetos consolidados, cobrindo mais de 8 milhões de hectares e atuando nas cadeias de grãos, celulose, HF, pecuária, algodão, citrus, café, entre outros. Para dar uma dimensão do market share, cerca de 50% das usinas de cana-de-açúcar do Brasil utilizam o sistema GAtec.

Enquanto muitos pensam em virar unicórnios da noite para o dia, os já maduros empresários preferem continuar trabalhando implantando soluções sólidas e colhendo resultados. É muito claro que, de nada adianta ter um valuation fictício com fluxo de caixa negativo e seus acionistas não verem os resultados dos investimentos voltando para os seus bolsos. Por isso, o valor de mercado da GAtec vai além de um número e é na verdade a somatória de uma construção sustentável. Essa é a visão que norteia o dia a dia de todos os colaboradores e que gera clientes seguros e satisfeitos com as soluções inteligentes que a empresa entrega.

Figura 3

E sobre o futuro, os sócios se entreolham e dão uma risada sem respostas. É fácil adivinhar o que passa pela cabeça deles, pois ao andarmos dentro da GAtec estamos vivenciando o futuro hoje, vendo o novo, é como atravessar um portal e ir 20 anos há frente no tempo. Se há 20 anos atrás eles construíram o que vivemos hoje, se quiserem saber como será o agro daqui 20 anos basta ver o que a GAtec está fazendo hoje.