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Pesquisadores estão trazendo árvores gigantes de volta à vida para combater o aquecimento global

Reviver seres vivos que andaram pela Terra há milhares de anos pode parecer uma tarefa impossível. Mas é exatamente o que um grupo de pesquisadores está fazendo. Em vez de dinossauros, eles estão recuperando árvores gigantes. Para eles, a sensação é a mesma, mas o impacto sobre o nosso planeta é muito mais positivo.

Fundada por David Milarch, a Archangel Ancient Treet Archive tem se dedicado a plantar as sequoias mais resistentes, capazes de viver milhares de anos. Elas já são tradicionalmente enormes e longevas, mas suas ancestrais passavam dos 120 metros de altura e podiam chegar a três mil anos de idade. Para isso, foi preciso encontrar as mais amostras mais antigas.

Um projeto do tipo havia sido considerado impossível há alguns anos. As sequoias costumam criar clones de si mesmas cerca de 30 anos antes de sua morte natural. Mas quando são cortadas isso não acontece, e muitas delas foram derrubadas há mais de cem anos, usadas como lenha. Ou seja, Milarch e seus colegas perceberam que nas regiões ao redor de tocos de sequoias dadas como mortas cresciam pequenos brotos. Coletados pelos cientistas, eles foram tratados durante dois anos e os resultados foram satisfatórios.

Hoje, a Achangel planta mudas no Canadá, Inglaterra, País de Gales, França, Nova Zelândia e Austrália. Tradicionalmente essas regiões não tem sequoias nativas, mas elas têm temperaturas amenas e neblina suficiente para que elas possam absorver a umidade do ar, em vez de depender de chuvas.

E o renascimento dessas gigantes da floresta virá com uma grande vantagem ambiental: elas podem efetivamente reduzir os efeitos do aquecimento global. Além de filtrar o solo, o ar e a água, elas podem remover quantidades enormes de dióxido de carbono da atmosfera. Uma sequoia madura pode sequestrar até 250 toneladas de carbono durante seu processo de fotossíntese. “Essas árvores têm capacidade para lutar contra as mudanças climáticas e revitalizar e nossa ecologia de uma forma que não vimos antes”, afirmou Milarch.