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Radar AgTech 2019: o perfil das startups do agro do estado de São Paulo

Desde que o Radar Agtech 2019, maior mapeamento de agtechs já feito no Brasil, foi divulgado, um dado chamou a atenção dos pesquisadores: a força do ecossistema da capital paulista. De acordo com o levantamento, 262 startups, ou 23% do total de 1125, está na cidade. A Embrapa, parceira do Radar, fez um recorte interessante do perfil dessas empresas.

No Estado de São Paulo, 21% das startups oferece soluções Antes da Fazenda, principalmente nas categorias de fertilizantes, genômica e controle biológico. Outros 31% têm tecnologias para Dentro da Fazenda, especialmente sistemas de gestão. Por fim, 48% aparecem com soluções para Depois da Fazenda, e aqui os alimentos inovadores aparecem em primeiro lugar, seguidos por marketplaces e lojas autônomas.

A categoria de alimentos inovadores levanta algumas questões, já que seu escopo é muito amplo e leva em conta empresas mais antigas. O critério, aqui, foi destacar todo tipo de produto que seja realmente uma novidade, como as proteínas à base de plantas, ou reposicionamentos de marcas, ou ainda alimentos e ingredientes populares em uma região específica, mas que estão sendo apresentados a um público mais amplo. Um exemplo é a ora-pro-nóbis, planta muito consumida em Minas Gerais, mas menos popular em outros estados.

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Se olharmos para os dados específicos da cidade de São Paulo, o resultado é um pouco diferente. As soluções antes da fazenda representam apenas 11%, enquanto aquelas para dentro da fazenda representam apenas 21%. Os outros 68% são depois da fazenda. E novamente a categoria de alimentos inovadores aparece em primeiro lugar em números absolutos, seguido pelas plataformas de gestão.

A metodologia aplicada na pesquisa levou em conta o endereço principal divulgado pelas próprias startups. Por isso, mesmo que algumas mantenham escritórios em outras cidades, o que vale é a sede declarada. A Jetbov e a Aegro, por exemplo, têm operações em Piracicaba, mas as sedes ficam em outras cidades.