StartAgro no Summit Agronegócio, do Estadão: Por que as startups avançam no mundo agro
Organizado pelo Estadão, o Summit Agronegócio Brasil 2016 contou com curadoria da StartAgro e reuniu os protagonsitas do ecossistema de inovação para o mundo agro. Confira como foi o painel sobre startups AgTech
O agronegócio brasileiro vive um boom de startups de tecnologia para o agronegócio, com uma nova onda de inovação no campo, agora marcada pelo digital e pela democratização do acesso a essas ferramentas pelo pequeno e médio produtor.
Assim, o ecossistema de investimentos começa a se formar no setor, mais ainda falta aperfeiçoar os mecanismos de financiamento- os grandes fundos de investimento nacionais e internacionais, por exemplo, ainda estão distantes das AgTechs.
No entanto, há fatos novos importantes, como a chegada das aceleradoras ao mundo das startups de tecnologia para o campo.
Essas e outras questões foram debatidas no painel “O Brasil exportador de startups”, realizado no Summit Agronegócio, evento organizado pelo jornal O Estado de S.Paulo e contou com curadoria da StartAgro.
Moderado por Clayton Melo, Líder e Curador da StartAgro, o painel contou com a participação de Milton Luiz de Melo Santos, presidente da Desenvolve SP; Almir Araujo Silva, Gerente de Marketing Digital da Basf para a América Latina; Sylvio Rosa, Diretor-Presidente do ParqTec; e Alexandre de Sene Pinto, sócio da Bug Agentes Biológicos.
O Estadão cobriu o evento e produziu a seguinte reportagem. Confira:
Estadão
SÃO PAULO – O gerente de Marketing Digital da América Latina da Basf, Almir Araújo Silva, disse que a próxima onda no agronegócio são os programas para acelerar o desenvolvimento para soluções tecnológicas do setor, chamadas agTechs. “É necessário ter investimentos voltados especificamente para o agronegócio, porque a tecnologia tem ajudado a elevar a produtividade e a qualidade de vida no campo”, disse ele durante o painel “O Brasil Exportador de Startups”, em evento que é realizado nesta segunda-feira, 21, em São Paulo.
Silva apresentou o programa da Basf para desenvolver e promover startups focadas em soluções para o agronegócio, o AgroStart. Segundo ele, a empresa está interessada em fomentar soluções para agricultura de precisão, gestão de estoques, automação e rastreabilidade.
O presidente da Agência de Desenvolvimento Paulista, a Desenvolve SP, Milton Luiz de Melo Santos, disse que nos últimos 10 anos a gestão do agronegócio se desenvolveu significativamente com a chegada das startups e das novas tecnologias, com a internet. “As inovações ajudaram o homem do campo a ganhar competitividade na atividade”, disse ele durante sua apresentação no Summit Agronegócio Brasil 2016, realizado pelo Estadão em parceria com a Faesp.
Segundo ele, no fim dos anos 1970, o agronegócio brasileiro já havia dado um salto em desenvolvimento, em questões de sementes e outras ciências do campo, com a criação da Embrapa. “Com estas tecnologias criadas lá trás pela Embrapa e agora com estas novas ferramentas vamos chegar a uma economia com alto valor agregado, tornando nossas empresas com um grande potencial competitivo”, disse.
Melo Santos diz que a expansão de startups e de outros projetos empreendedores no País dependerá de uma taxa de juros mais baixa e de incentivos fiscais. “A tendência é de que os investidores procurem aquilo que é mais seguro, como títulos federais”, afirmou. “Enquanto tivermos um País com uma das taxas de juros mais altas do mundo, teremos grandes dificuldades em atrair investimentos para empresas inovadoras”, afirmou.
Sobre os incentivos fiscais, Melo Santos disse que isso passa por um alinhamento entre os governos federal, estaduais e municipais, que possibilitam a expansão desses projetos empreendedores.(…)
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