Webinar Datagro: Cenário das agtechs ganhou maturidade no agro brasileiro, deixando a percepção de bolha para trás
“DATAGRO Abertura de Safra, Soja, Milho e Algodão 2020/21”, que se encerrou nesta sexta-feira (07), apresentou três dias de discussões acerca de desafios e oportunidades para o agronegócio brasileiro
por Ronaldo Luiz Mendes Araujo
O cenário brasileiro de agtechs avançou em maturidade, deixando para trás a percepção de ser uma bolha, embora novos desafios tenham surgido, devido até à filtragem natural de quem tem potencial para permanecer ou abandonar o mercado. A análise foi feita, nesta sexta-feira (07), por especialistas em agricultura digital, durante o terceiro e último dia do webinar “DATAGRO Abertura de Safra, Soja, Milho e Algodão 2020/21“.
De acordo com o professor da Esalq/USP, Matheus Mondim, ficou no passado a entrega de soluções mirabolantes, mas sem conexão com as dores reais do produtor rural. Segundo ele, a agtech que deseja vingar tem que mostrar no bolso do produtor que a tecnologia faz a diferença para a atividade. “As ferramentas digitais têm que estar alinhadas aos interesses do agricultor, com foco em reduzir custos e aumentar produtividade”, reforçou o CEO da Solinftec, Rodrigo Iafelice.
Na avaliação de Klever José Coral, head do AvanceHub, vinculado à Coplacana, a tecnologia digital que almeja crescimento no agro precisa, antes de tudo, ser validada pelo produtor rural. “Não pode ser algo empurrado.” Aline Pezente, da TrAIve, pontuou que é esta transparência na entrega de resultados, que fará também com que as agtechs passem a ser mais bem compreendidas por investidores e assim passem a atrair mais recursos.
Ademais, os palestrantes acentuaram a relevância do ambiente acadêmico para descoberta de novas tecnologias, mas ressalvaram que a universidade também precisa desenvolver o espírito empreendedor de estudantes, pesquisadores, para que a inovação, de fato, se transforme em produtos e negócios viáveis para o agro.
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